Fiat Argo Trekking 1.3 2025: Detalhes do modelo “aventureiro”, que já está merecendo uma atualização visual

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O Fiat Argo é o hatch pequeno da Fiat que briga com Polo, Onix, HB20 e Yaris, sempre emplacando bem.

Disponível em duas motorizações e três versões, com câmbio manual ou automático, pode agradar a uma boa parcela do mercado, exceto aos que preferem motores turbo.

A versão Trekking é a intermediária e tem uma roupagem um pouco mais “despojada”, com adesivos na lataria.

Avaliamos uma unidade e trouxemos todos os detalhes para você.

Partindo de R$ 94.990,00 na versão manual e R$ 100.990,00 na automática, de acordo com o site da Fiat , a versão Trekking 1.3 vem de série com:

Câmera de ré, faróis de neblina, LEDs nos faróis dianteiros, rodas de liga 15”, suspensão elevada com maior altura em relação ao solo, central multimídia de 7″ touchscreen com Android Auto e Apple CarPlay, computador de bordo, controle de tração e estabilidade, luz diurna (DRL), retrovisores externos elétricos com função Tilt Down, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, volante multifuncional com regulagem de altura e mais.

Vamos aos detalhes:

1.3 aspirado tem bom desempenho, mas merecia uma versão turbo

fiat argo trekking 2023 avaliacao na 42

O motor 1.3 da Stellantis oferece bom desempenho, superando até motores 1.6 antigos, mas os motores turbo da montadora têm excelente desempenho.

No Argo, são 107 cv e 13,7 kgfm de torque, quando rodando com etanol.

Na gasolina os números caem sensivelmente, com 98 cv e 13,2 kgfm.

Na versão com câmbio manual, o 0 a 100 km/h é feito na casa dos 11s com velocidade máxima de 172 km/h.

O HB20, na versão turbo manual, tem números não muito melhores, com 0 a 100 km/h na casa dos 9,5s e velocidade máxima de 190 km/h.

Porém com os motores turbo do grupo Stellantis, seria possível obter desempenho muito superior, a exemplo do Pulse 1.0 turbo, com 0 a 100 em menos de 9,5s.

O Onix, na versão automática, faz 0 a 100 km/h na casa dos 10s e velocidade máxima de 185 km/h.

O Virtus, na versão manual 1.0 turbo, faz 0 a 100 km/h em 10s, com velocidade máxima de 195 km/h.

Falando de consumo, o Argo manual faz 9,1 km/l na cidade e 10,0 km/l na rodovia, rodando com etanol.

Com gasolina, faz 12,6 e 14,1 km/l, respectivamente.

O Polo, nos mesmos parâmetros, faz 9,5 km/l e 11,3 km/l, no etanol, na gasolina, 13,7 km/l e 16,1 km/l.

Bom design, mas já está ficando cansado

À época do lançamento o Argo era provavelmente o carro mais bonito do segmento, especialmente em

algumas cores e versões, com um certo capricho do dono, é claro.

Hoje já apresenta sinais de cansaço.

Sua sorte é que os rivais continuam parados também, sem grandes alterações, exceto pelo HB20, mas esse último também não é nenhuma obra de arte em termos de beleza.

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Na versão Trekking, por mais que esse seja o principal atrativo, os adesivos são o que talvez mais prejudiquem o modelo.

Na dianteira a grade superior com emblema escurecido, ligada aos faróis de fundo igualmente escuro, gera um efeito interessante.

A grade inferior tem o mesmo padrão da superior, em preto fosco, e abriga os dois faróis de neblina.

No capô, um adesivo em preto fosco com detalhes em amarelo escuro, revela o símbolo da versão. Esse tipo de aplique divide opiniões, particularmente, não me agrada.

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Na lateral, as rodas de 15” têm um ar um pouco mais off-road, combinando com o vão livre do solo e acabamentos em plástico preto, que contornam a caixa de rodas e a região inferior da lateral.

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Logo acima do acabamento preto, há mais um adesivo preto com detalhes em amarelo escuro indo de fora a fora na lateral.

Os retrovisores são em preto brilhante, assim como o teto, já as maçanetas acompanham a cor da carroceria.

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Na traseira, o aerofólio em preto brilhante se destaca, tem proporções grandes, mas ainda assim casa bem com o conjunto.

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As lanternas são predominantemente vermelhas e se afunilam em direção à região central do porta-malas.

O logo da Fiat na traseira também é preto, eliminando o cromo.

Na base da tampa do porta-malas o adesivo “Trekking” aparece novamente.

Na porção inferior do para-choque há alguns detalhes para dar ao conjunto um aspecto um pouco mais “aventureiro”.

Interior melhorado, mas longe de refinado

Não se espera nada de outro mundo em um carro de entrada, o problema que os “carros de entrada” estão beirando os R$ 100.00,00 nas versões mais completas.

É o caso do Argo Trekking, ele tem algumas melhorias em relação à versão de entrada e um interior relativamente bonito, mas é só.

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Começando pelos bancos, eles são de tecido, e têm uma padronagem de costura no encosto que é bonita, além do “Trekking” bordado.

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As forrações de porta continuam com bastante plástico, inteiramente pretas ou em cores bem escuras, nem sequer a maçaneta recebeu um cromado.

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O volante é bonito, com empunhadura grossa e botões multifuncionais, mas perde muito a qualidade pelo “espelho” de botões falsos no lado da mão direita, o quemostra claramente que não houve muito capricho da montadora com o modelo.

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O painel é texturizado e passa um ar mais elaborado, com as molduras dos difusores de ar cromadas.

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O cluster tem mostradores analógicos e um computador de bordo digital, não há muito o que falar sobre esse conjunto.

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A multimídia fica destacada do painel, encaixada em sua base, funcional mas não muito bonita.

Logo abaixo dela, difusores de ar centrais, botões de acionamentos do pisca, travas e controle de tração.

Um pouco mais para baixo, os controles do ar-condicionado, rotativos, com frisos cromados.

O restante do painel tem a mesma construção, com parte texturizada e parte lisa.

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O console central e a manopla de câmbio são simples, sem muito adorno.

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No banco de trás é um pouco apertado, mas aceitável para o segmento.

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O porta-malas não funciona muito bem para famílias em viagem, por exemplo, mas atende bem no dia-a-dia.

Vende bem

Apesar de não estar no Top 3 de 2024, o Argo continua vendendo bem, com uma diferença mínima para o terceiro colocado.

No acumulado de janeiro a maio de 2024, está na quarta posição com 32.204 unidades emplacadas.

Seu rival HB20 emplacou 32.938 unidades e está na terceira posição.

Ainda próximo, o Onix emplacou 34.752 unidades e garantiu a medalha de prata.

O Polo, disparado, emplacou 48.181 unidades e está na primeira colocação.

No ranking geral, onde entram todos os modelos de automóveis, o Argo ficou na oitava colocação, emplacando 5.552 unidades no mês de maio.

Uma versão turbo do modelo poderia, eventualmente, colocá-lo no mesmo nível do Polo para brigar pela liderança.

 

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.