O novo presidente dos EUA Donald Trump revogou um decreto assinado pelo agora ex-presidente Joe Biden que estabelecia uma meta de 50% das vendas de carros novos, somente de elétricos.
Em um dos 100 decretos assinados por Trump nesta segunda (20), um novo anula o anterior de Biden, que não era legalmente vinculante, mas que ganhou apoio dos fabricantes de Detroit e de estrangeiros.
A meta era bem ambiciosa quando se observa como é o mercado automotivo americano e teve apoio total da Califórnia, que, conforme disse seu governador Gavin Newsom, manterá seu programa de redução de CO₂.
Trump disse que instruirá as agências do governo para relaxarem as metas de emissão de poluentes, que obrigariam o setor a ter de 30% a 56% das vendas somente de carros elétricos em 2032.
O novo presidente já retirou os EUA do Acordo de Paris e acabará com a política ambiental democrata, a Green New Deal, bem como revogará 78 ações executivas de Biden sobre o assunto.
Donald Trump quer reduzir incentivos à produção de energia limpa em prol da extração maior de petróleo e gás, usando as reservas para reduzir os custos de energia, que considera altos.
Para o mercado automotivo americano, as mudanças propostas por Trump reforçarão as vendas de carros a gasolina ou híbridos plug-in, sendo essas a resposta das montadoras às alterações do mercado.
Com bilhões investidos em carros elétricos, as montadoras americanas terão vários desafios pela frente e um deles é estar na fronteira entre Washington e Sacramento.
De um lado, Trump quer mais carros comuns nas ruas e a gasolina mais barata. Do outro, Newsom promete manter regras rígidas de emissão em seu estado, o maior mercado automotivo dos EUA.
Mas, se os planos de Trump para energia mais barata derem certo, os carros elétricos e híbridos plug-in serão beneficiados com custos menores de recarga.
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