Evocando a chamada Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) de 1977, o presidente dos EUA Donald Trump cumpriu o que prometeu para o dia 1 de fevereiro de 2025.
O chefe do executivo americano anunciou o aumento das tarifas de importação de vários produtos fabricados no México e no Canadá, para 25%. Da China, ele aumentou para 10%.
Do norte, ele acusa a “ameaça extraordinária” do fentanil e do sul, a imigração ilegal, como motivos para elevar as tarifas de importação, que impactarão diretamente nos preços dos carros.
Como se sabe, México e Canadá respondem por 30% dos carros vendidos nos EUA, sendo que o país importa 40% do que vende internamente.
Os governos dos dois países já anunciaram que irão retaliar e Trump já disse que quem responder será ainda mais taxado. A China, embora não exporte carros aos EUA, prometeu responder em outras áreas.
Com a questão geral indo para lados mais extremos, especialmente proferidos ao norte dos EUA, nos atendo apenas aos carros, o impacto no mercado americano será grande.
Segundo fontes da Reuters, GM e Toyota poderiam transferir a produção de seus carros nestes países para os EUA, mas nem todas conseguiriam reverter a situação em pouco tempo.
Mover a produção de carros de um lugar para outro leva meses ou até mais de um ano, lembrando que empresas como Ford e GM construíram complexas linhas de montagem no México.
A Honda investiu quase US$ 14 bilhões no Canadá para fazer carros elétricos e baterias, enquanto a Stellantis tem lá a planta que faz o novo (e elétrico) Dodge Charger.
As montadoras ainda não se pronunciaram sobre o assunto, mas nesta segunda-feira teremos muitas novidades sobre o setor automotivo americano, que pode estar entrando em uma grande crise.
O motivo é que as montadoras irão repassar esses custos adicionais se não moverem suas linhas de produção e até mesmo os carros feitos nos EUA ficarão mais caros com peças e componentes importados.
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