Os EUA anunciaram uma isenção temporária de um mês nas tarifas de 25% sobre automóveis importados do Canadá e do México, desde que esses países cumpram as regras comerciais vigentes.
A decisão trouxe um alívio imediato ao setor automotivo, impulsionando as ações de grandes montadoras como Ford, GM e Stellantis, bem como as demais instaladas no país latino e no vizinho do norte.
Apesar da concessão, o governo norte-americano mantém uma postura rígida na guerra comercial com os vizinhos, especialmente devido à preocupação com o contrabando de fentanil.
O governo atual dos states conversou com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, mas expressou dúvidas sobre melhorias significativas na situação, segundo a Reuters.
As tarifas impactam fortemente a indústria automotiva canadense, que depende do comércio transfronteiriço para manter suas operações.
No caso do Canadá, essa medida ameaça a estabilidade econômica, já que os EUA são seu principal parceiro comercial, com várias fábricas instaladas ao norte do território americano.
Em resposta, o governo canadense impôs suas próprias tarifas e alertou sobre a imprevisibilidade das políticas comerciais dos EUA.
O México, por sua vez, conseguiu uma trégua após uma ligação entre seu presidente e chefe do executivo dos EUA, na qual prometeram cooperação para atender às exigências americanas.
Ainda assim, o clima de incerteza continua, por haver receios sobre futuras imposições tarifárias do atual governo da Casa Branca.
Trump também estuda isenções para outros produtos e pode até eliminar tarifas sobre importações de energia canadenses que estiverem conforme o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).
A decisão reflete as tensões comerciais persistentes entre os três países da América do Norte, que não se entendem agora sobre a continuidade do acordo.
Embora a isenção traga um fôlego momentâneo, especialistas alertam que a instabilidade na relação entre EUA, Canadá e México pode gerar impactos a longo prazo, especialmente para a indústria automotiva e setores dependentes do livre comércio.
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