EUA: grupo econômico diz que preços dos carros subirão em média US$ 10.000 com política de tarifas altas para importados

fabrica honda eua 2
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Um importante grupo econômico dos EUA reacendeu a luz de alerta no setor automotivo para um nível mais elevado ao afirmar que as tarifas mais altas para carros feitos no México e Canadá, fora outras origens, gerarão uma conta muito alta na indústria.

Patrick Anderson, CEO do Anderson Economic Group, de Michigan, falou em uma conferência online na Automotive Press Association, sobre a atual política de tarifas altas para produtos não feitos nos EUA.

Anderson afirmou: “É por isso que Jim Farley disse que as tarifas poderiam abrir um buraco [na indústria]. Você não pode absorver esses custos e continuar no mercado fabricando os mesmos produtos.”

Na atual política de Washington, a importação de carros e peças do México e do Canadá serão tarifadas em 25%, enquanto da China, os mesmos pagarão 10%.

No setor, analistas de mercado apontam aumentos que variam de US$ 1.000 a US$ 9.000, mas Patrick Anderson é mais pessimista (ou realista?), afirmando que o aumento será maior.

“São quase US$ 9.000 por carro para um SUV de tamanho normal com conteúdo mexicano substancial. Se você não fizer ajustes de produção ou fechar linhas, pode ser acima de US$ 10.000”, disse Anderson.

Usando a Lei de Poderes de Emergência, o atual presidente americano aumentou as tarifas de importação pela primeira vez na história dos EUA por meio dessa regra.

Sobre o método utilizado, Anderson foi taxativo: “Isso já foi usado com regimes desonestos antes, não com parceiros comerciais. A autoridade estatutária aqui é duvidosa.”

Segundo o Detroit Free Press , com base na Lei de Expansão Comercial e na Seção 232, as tarifas altas podem permanecer e isso acarretará milhares de demissões nos dois lados das fronteiras.

Paul Jacobson, CFO da GM, afirmou que, se as tarifas altas forem permanentes, considerará a mudança de fábricas.

Por ora, ninguém sabe o que vai acontecer e as montadoras pisaram no freio, com a Ford adiando a próxima geração da F-150 e a Stellantis pausando o próximo Jeep Compass.

Não há mais confiança no mercado americano, que pela primeira vez desde tempos imemoriais (se houve algo assim), não tem a previsibilidade política que tanto os fabricantes exigem de países notórios pela falta, como o Brasil, por exemplo.


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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X