Estudo diz que carros presos nos portos podem reduzir em 5% a economia do país

renault exportacao porto 3
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O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) promove uma Operação Tartaruga desde o início do ano, que envolve também funcionários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A lentidão nas operações portuárias atrasa a entrada de muitos veículos e um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o processo acabará impactando na economia nacional em 2024.

Segundo o estudo da CNC, entre 2020 e 2023, o Brasil importou 38 mil carros por trimestre, em média, sendo cerca de 13,8 mil por mês. Hoje, mais de 17 mil automóveis estão parados nos portos aguardando liberação aduaneira, o que representa mais de um mês de importações.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, explica que, para analisar o impacto econômico dos atrasos, foram considerados os efeitos diretos, indiretos e induzidos da paralisação, pois toda a cadeia produtiva automobilística é impactada pela interrupção e os seus setores mais próximos.

Tavares explica: “A paralisação dos servidores do Ibama e do Mapa afeta a oferta de diversos bens importados no território nacional, não apenas de veículos, mas nos ativemos ao segmento automotivo nesta primeira etapa do estudo”.

Os 17 mil automóveis parados nos portos representam cerca de 132% da importação mensal, o que pode resultar em uma redução de até 5% na atividade econômica brasileira em 2024.

A estimativa da CNC é que cerca de 1,2 mil contêineres com peças, componentes, carros a combustão e híbridos estão retidos nos terminais portuários de todo o país nesse momento.

No total, mais de 17,3 mil veículos aguardam liberação nos portos, impactando diretamente a cadeia de vendas no Brasil. Com isso, várias marcas de carros são afetadas, em especial as chinesas, que trazem enormes volumes de carros para se anteciparem às novas alíquotas de importação para elétricos e híbridos.

Estas, aliás, sobem para uma ordem entre 12% e 18% a partir de julho. A CNC reitera que o governo precisa reavaliar as reivindicações dos grevistas e resolver a questão.

 

 

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X