À medida que a indústria automotiva se prepara para a nova administração presidencial republicana, fornecedores, fabricantes, concessionárias e analistas estão avaliando os possíveis impactos e planejando os próximos passos.
A seguir, veja as declarações de líderes do setor e representantes de empresas e organizações relacionadas ao mercado automotivo:
Toyota Motor North America
Dave Christ, chefe da divisão Toyota na América do Norte, afirmou que a eleição de Donald Trump não levará a uma reestruturação da estratégia da Toyota nos EUA.
“Vamos trabalhar com qualquer regulamentação que nos for apresentada”, disse Christ, destacando a prontidão da empresa em adaptar-se conforme necessário.
O CEO da BMW, Oliver Zipse, declarou que a BMW pode ter “uma vantagem” em caso de tarifas sob o governo Trump, dado que a empresa possui uma ampla rede de operações nos EUA, com 30 locais em 12 estados.
Shinji Aoyama, vice-presidente executivo da Honda, expressou preocupação com a possibilidade de tarifas sobre veículos exportados do México para os EUA, o que afetaria os 160.000 carros que a Honda produz anualmente no México para o mercado americano.
Ele mencionou que mudanças de produção para outros locais poderiam ser uma solução, mas essa transição demandaria tempo e discussões.
Elon Musk, CEO da Tesla, parabenizou Trump por sua vitória e a “mandato claro de mudança” que recebeu dos eleitores americanos.
Amazon
Jeff Bezos, CEO da Amazon, também parabenizou Trump, desejando-lhe sucesso e ressaltando as grandes oportunidades que os EUA têm pela frente.
A Stellantis declarou que espera trabalhar com o presidente eleito em políticas que apoiem uma base de fabricação forte e competitiva nos EUA, oferecendo suporte às estratégias de produção local.
General Motors
A GM manifestou expectativas de cooperação com o novo governo para fortalecer a liderança dos EUA em inovação tecnológica, em benefício dos trabalhadores e consumidores americanos.
Sindicato UAW
Shawn Fain, presidente do sindicato UAW, afirmou que, independentemente de quem está na Casa Branca, a luta pela defesa dos empregos sindicalizados e pelo fortalecimento da indústria americana de baterias continua.
Ele chamou a atenção para o impacto das práticas corporativas de enviar empregos ao exterior e disse que é hora de Washington tomar decisões firmes para apoiar a classe trabalhadora.
Associação de Transporte Zero Emissões
A ZETA afirmou que a indústria de veículos elétricos está pronta para trabalhar com o governo Trump e todos os partidos, enfatizando a importância de políticas que garantam a competitividade americana e o desenvolvimento tecnológico sustentável nos próximos anos.
Analistas da indústria
A GlobalData prevê que a administração Trump intensifique políticas protecionistas, o que poderia afetar o setor automotivo com tarifas sobre veículos importados, inclusive do México e do Canadá.
A consultoria também projeta que a transição para veículos elétricos pode ser impactada negativamente, com um possível recuo de 15% a 20% na participação de mercado dos BEVs (veículos elétricos a bateria) até 2030.
A TD Cowen indicou que o governo republicano deve rever políticas de transição energética e de desregulamentação, incluindo o possível afrouxamento das regras do IRA (Inflation Reduction Act), o que poderá impactar a indústria de veículos elétricos e energias renováveis.
Políticos
A governadora democrata de Michigan, Gretchen Whitmer, desejou sorte ao presidente eleito, enquanto o senador republicano eleito Bernie Moreno, de Ohio, disse que uma de suas prioridades será eliminar os mandatos para veículos elétricos e combater o papel da Califórnia na definição dos padrões de emissões nacionais.
Essas reações e expectativas do setor automotivo indicam um período de mudanças regulatórias e comerciais significativas, com possíveis desafios para a indústria de veículos elétricos e a integração de políticas de energia renovável nos EUA.
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