Ao se analisar as vendas dos 50 carros mais vendidos no Brasil neste ano de 2024, vemos uma tendência geral: na grande maioria dos casos, as vendas estão aumentando agora nos últimos meses do ano.
É Fiat Cronos saindo de 3.000 para quase 6.000 unidades por mês, Kardian saindo de 1.500 para mais de 4.000 unidades, T-Cross saindo de 6.000 para 9.000 unidades, Tiggo 7 de menos de 2.000 para 4.000 unidades, Toro de 4.000 para 5.500 unidades, Ranger de 2.300 para quase 4.000 unidades, apenas para citar alguns exemplos.
Mas três modelos foram contra a tendência geral, e tiveram não só quedas, mas quedas percentuais acentuadas em suas vendas a cada mês.
Os três modelos que registraram as maiores quedas de vendas no mercado automotivo brasileiro em 2024 foram Caoa Chery Tiggo 5X, BYD Dolphin e BYD Seal. Esses enfrentaram desafios significativos ao longo do ano, resultando em um desempenho comercial abaixo das expectativas.
O Caoa Chery Tiggo 5X, um SUV compacto muito popular nos anos anteriores, sofreu uma queda acentuada de vendas ao longo de 2024.
Apesar de ser conhecido por seu custo-benefício e tecnologia embarcada, o modelo enfrentou maior concorrência em seu segmento, com o fortalecimento de marcas como Hyundai e Volkswagen, além de concorrência dentro de casa, com a versão mais barata do Tiggo 7 batendo de frente.
Ele tinha vendas na faixa das 2.000 unidades no começo do ano, chegando a 2.700 em abril, mas a partir de agosto não conseguiu sair das 700, 800 unidades mensais.
Uma queda de cerca de 60%.
Já o BYD Dolphin, um hatch 100% elétrico, iniciou o ano com vendas promissoras devido à crescente demanda por veículos sustentáveis.
No entanto, a briga com o Dolphin Mini afetou suas vendas. Se em janeiro e fevereiro, tinha emplacado entre 1.700 e 1.800 unidades mensais, depois do lançamento do seu irmão menor, foi caindo, caindo, até ficar abaixo de 1.000 unidades em setembro, outubro e novembro.
Sua queda foi de 50%.
O BYD Seal, um sedã elétrico de alta performance, também registrou uma redução expressiva nas vendas.
Apesar de ser bem recebido por entusiastas de tecnologia e design, o modelo enfrentou desafios no mercado brasileiro devido ao preço premium e à concorrência de marcas tradicionais já consolidadas no segmento de sedãs.
Ele saiu de 600 unidades em janeiro e 450 em fevereiro, para 200 e poucas por mês, desde abril até novembro, com destaque negativo para setembro, com apenas 179 unidades vendidas.
Uma queda que também fica entre 50% e 60%.
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