Do nada para de funcionar: Leve batida em um pilar da garagem transforma EV Rivian R1S em um peso de papel de 3.500 quilos

Acidentes acontecem, mas, na maioria das vezes, pequenos incidentes não deixam um carro completamente inutilizável. No entanto, um proprietário do Rivian R1S afirma ter passado exatamente por essa situação dentro de um estacionamento.

Após uma leve batida contra um pilar, seu SUV elétrico de luxo se transformou em um peso morto. Para piorar, a Rivian teria dito que isso não foi um defeito, mas sim um “recurso de segurança.

O resultado? Uma conta salgada para pagar um reboque caro.

Segundo o dono do R1S, o acidente foi tão insignificante que apenas trincou a lanterna traseira e arranhou o para-choque. Um contratempo incômodo, sem dúvida, mas nada que justificasse a total incapacidade do veículo de se mover.

No entanto, ao retornar ao carro depois de avaliar os danos, ele descobriu que não conseguia engatar nenhuma marcha – nem Drive, nem Ré, nem mesmo Neutro.

Sem sucesso após várias tentativas de reiniciar o sistema, ele entrou em contato com o suporte da Rivian, que informou que essa era uma “função de segurança” e que a única solução seria rebocar o veículo.

Ou seja, se uma batida danifica algum item importante na eletrônica do Rivian, ele se trava todo, como medida de segurança.

O problema foi agravado pelo fato de o SUV estar em uma garagem de teto baixo, o que transformou o resgate em uma operação complicada, envolvendo vários guinchos. Depois de todo esse transtorno, ainda seria necessário um novo reboque da sua casa até a oficina.

A questão que fica é: esse tipo de sistema é realmente seguro? Se o incidente tivesse ocorrido em uma estrada deserta ou, pior, em meio ao tráfego em alta velocidade, a imobilização total do veículo poderia colocar os ocupantes em um perigo ainda maior.

Em alguns casos, a melhor alternativa seria permitir que o carro se movesse ao menos para um local seguro, mas a tecnologia embarcada em modelos como o R1S muitas vezes impede essa possibilidade.

A situação levanta um debate sobre o quão dependentes nos tornamos da eletrônica nos veículos modernos. Antigamente, os motoristas tinham controle total sobre seus carros, podendo engatar marchas ou mudar modos de direção mesmo em circunstâncias adversas.

Hoje, os automóveis são regidos por software e sistemas automatizados que, embora úteis em diversas situações, podem se tornar um problema inesperado quando entram em ação sem necessidade.

Claro, muitas dessas restrições são justificáveis, pois evitam que motoristas tomem decisões perigosas. No entanto, um acidente tão pequeno resultar na total inutilização do carro reforça a necessidade de um sistema de emergência que permita algum controle manual em casos excepcionais.

Caso contrário, situações como essa podem se tornar cada vez mais comuns e frustrantes para os donos de carros altamente tecnológicos.