O mundo em 1976 ainda acreditava que o futuro, em épocas como o ano de 2024, seria um ambiente onde EUA e URSS continuariam uma guerra fria, mas já ao nível espacial e até mesmo interplanetário.

Todavia, sabemos bem que o mundo não foi nessa direção e a URSS virou mais uma página da história mundial. Os EUA continuam por aí, assim como na Rússia, o poderio nuclear se mantém. Por lá, o que continua também, assim como a vodca, é o Lada Niva.

O jipe 4×4 da era soviética se mantém como algumas das muitas armas do arsenal russo, mas diferente destes, o Niva só é uma ameaça “automotiva” em mercados que exigem carros com mais segurança e menos emissões, como o Brasil, por exemplo.

Longe de airbags, mas já com freios ABS, o Lada Niva continua estruturalmente o mesmo há 48 anos e nem a Guerra da Ucrânia o tirou de linha, sendo o primeiro da AvtoVAZ a retornar à produção após a debandada geral das montadoras estrangeiras.

Seu motor 1.7 a gasolina com quatro cilindros ainda é o mesmo do projeto italiano da Fiat, bem como o próprio Niva. Com 83 cavalos e 13,1 kgfm, o longevo propulsor leva o jipe da Lada até 137 km/h.

Indo de 0 a 100 km/h em 19 segundos, o Lada Niva é um carro de entusiasta que se pode comprar zero km, mas seu motor já não passava pela fiscalização de emissões em muitos lugares.

A questão não parece ser a emissão e sim o desempenho e a AvtoVAZ está querendo melhorar isso com um motor 1.8 de 90 cavalos e 15,3 kgfm. Estranhamente, existe um motor 1.6 8V de origem VAZ no Lada Vesta e este tem os mesmos números.

Provavelmente, esse 1.8 8V seja derivado do 1.8 16V de 122 cavalos, resgatado pelos russos após a guerra para ampliar as opções de seu portfólio reduzido. Seja como for, esse motor dos anos 90 será mais eficiente que o vetusto dos anos 70.