Se a sociedade insiste em criar robôs, que pelo menos sejam tão legais quanto essa incrível bicicleta BMX que pula sozinha em cima de uma mesa.
Pesquisadores do Robotics and AI Institute (RAI) desenvolveram um robô que consegue realizar saltos impressionantes com uma bicicleta, algo que a maioria de nós nunca conseguiu fazer quando era adolescente.
Ignorando o golpe no orgulho, é um feito realmente impressionante e, o mais importante, muito divertido.
Chamado de Ultra Mobility Vehicle (UMV), ele não foi criado para substituir trabalhadores ou ser usado em operações militares – embora essa tecnologia provavelmente acabe sendo aplicada nesses contextos no futuro.
Essencialmente, trata-se de uma BMX autônoma capaz de realizar manobras por conta própria.
Para fazer o UMV saltar, pousar e se equilibrar sozinho, o RAI desenvolveu um novo sistema de controle baseado em aprendizado por reforço.
Esse método de aprendizado de máquina permite que o software se autoaperfeiçoe ao longo do tempo, recompensando-se por executar corretamente as tarefas. Embora envolva muitos testes e erros, esse processo permite que o robô ultrapasse os limites do controle direto tradicional e aproveite ao máximo seu hardware.
Por exemplo, o RAI aplicou a mesma técnica a um robô da Boston Dynamics com formato de cachorro, permitindo que ele aumentasse sua velocidade máxima de 1,6 metro por segundo para 5,2 metros por segundo.
No vídeo demonstrativo, o UMV se desloca sozinho, equilibrando-se com um grande módulo de controle preso ao seu assento por um braço mecânico articulado.
O mais surpreendente é que essa “mochila” eletrônica não usa giroscópios ou sensores de estabilização. O robô apenas calcula como acelerar, frear e virar o guidão para manter-se equilibrado, da mesma forma que um ser humano aprende a andar de bicicleta.
O impressionante é observar o UMV aplicando o que aprendeu. Para realizar um salto, seu braço mecânico levanta rapidamente o módulo de controle o mais alto possível, gerando impulso para o quadro da bicicleta subir.
Em seguida, o mesmo braço puxa a bicicleta para o ar. Na aterrissagem, o robô ajusta o braço novamente para reduzir o impacto, tornando a descida mais suave. A rapidez e fluidez da execução são tão impressionantes quanto a própria manobra.
Após o salto, o robô ainda faz um “track stand”, parando completamente e mantendo o equilíbrio sem se mover. Parece que está se exibindo. Para completar, ele dá um pequeno grau como se estivesse comemorando – um detalhe que o torna ainda mais fascinante.
Ainda não está claro quais aplicações práticas essa tecnologia pode ter, mas algumas possibilidades interessantes já surgem.
O UMV poderia ser utilizado como um veículo de entregas em áreas urbanas congestionadas ou até mesmo em canteiros de obras para transportar ferramentas e materiais pesados.
Agora, uma pergunta: Qual será o primeiro leitor a entrar nos comentários e falar: “O site agora virou Notícias Ciclísticas”?
[Fonte: The Drive]
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