Seis meses após abandonar a proposta de implementar pedágios urbanos pioneiros nos Estados Unidos, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, reintroduziu a medida com ajustes no valor das tarifas.
O plano prevê uma taxa de US$ 9 para carros de passeio que acessarem o distrito comercial central de Manhattan, área localizada abaixo da 60th Street, incluindo toda a região ao sul do Central Park.
A nova tarifa é significativamente menor que os US$ 15 inicialmente propostos, que foram descartados no verão. Veículos comerciais pequenos pagarão US$ 14,40, enquanto caminhões grandes e ônibus turísticos serão cobrados em US$ 21,50.
A taxa será aplicada uma vez por dia para carros de passeio e motos, mas caminhões pagarão por cada entrada na cidade.
Isenções ou descontos estão disponíveis para motoristas com deficiência, pessoas de baixa renda e aqueles que cruzarem a cidade à noite, quando o pedágio terá um desconto de 75%.
Objetivos do pedágio urbano
A proposta de pedágio tem dois principais objetivos. Primeiro, melhorar a qualidade do ar ao reduzir o tráfego.
A administração Hochul estima que a medida poderia cortar em 10% o número de veículos e reduzir em 5% as milhas percorridas na área, contribuindo para diminuir emissões e aliviar os congestionamentos.
O segundo objetivo é gerar fundos para investimentos em transporte público. Entre os projetos planejados estão US$ 15 milhões para substituir unidades de refrigeração a diesel no Bronx e US$ 20 milhões para infraestrutura de recarga de caminhões elétricos.
Além disso, o plano inclui um investimento massivo de US$ 15 bilhões para expandir linhas de metrô, modernizar a infraestrutura existente e adicionar ônibus elétricos ao sistema de transporte público da cidade.
Implementação e obstáculos políticos
A governadora Hochul pretende implementar a cobrança no início de 2025, antes da posse do presidente eleito Donald Trump, que se opõe veementemente à política de pedágio urbano e prometeu eliminá-la em sua primeira semana de mandato.
No entanto, a medida ainda precisa da aprovação da Administração Federal de Rodovias, vinculada ao Departamento de Transporte dos EUA, antes de entrar em vigor.
A reintrodução do plano reflete uma tentativa de equilibrar as necessidades ambientais e financeiras da cidade com os interesses dos motoristas, enquanto enfrenta um futuro político incerto que pode ameaçar sua implementação.
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