China quer mercado automotivo que o Japão construiu; marcas nipônicas registram queda nas vendas na Tailândia

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O mercado automotivo da Tailândia foi moldado não por marcas americanas ou europeias, mas pelo Japão. O país asiático, assim como sua vizinha Malásia, sofreram enorme influência dos fabricantes nipônicos ao longo dos anos.

Com a presença japonesa se iniciando após a Segunda Guerra, a Tailândia chegou a ter 90% das vendas de carros sob domínio de marcas do Japão , sendo isso nos anos 70.

Percebidos pelos clientes como carros confiáveis, os carros japoneses logo passaram a ser queridos no país, especialmente após grandes investimentos feitos pelos fabricantes do arquipélago para estabelecer a Tailândia como um polo exportador na região.

Mesmo com uma forte presença americana e coreana nos anos 90, a Tailândia sempre foi um mercado cativo do Japão, mas agora as coisas estão mudando como o vento e esse sopra do norte para o sul, vindo da China.

Marcas como BYD, GWM, GAC, entre outras, estão de olho na Tailândia. Elas querem se estabelecer e, não apenas isso, querem dominar a cena no outrora Tigre Asiático.

Hoje, os japoneses possuem 75% do mercado tailandês, mas no geral, as vendas delas já caíram 18% em 2024, segundo o New York Times . O motivo é a entrada maciça de marcas chinesas com carros elétricos, que ganharam a simpatia do mercado e do governo local.

Contra a eletrificação plena, baseada numa filosofia nova de redução de custos elevada, as marcas japonesas pouco podem fazer, além de resistir.

Os chineses conseguiram uma economia de escala que o Japão estuda incansavelmente, de modo a descobrir como também fazer os preços ficarem competitivos.

A China encontrou seu caminho no carro elétrico, mas não em conversões simplórias, que dominaram a última década por lá. Agora, eles oferecem carros conectados e muitos deles com condução semiautônoma, assim como um luxo inesperado pelos japoneses.

O Japão já reconheceu, por meio de algumas empresas do setor, que é difícil vencer os chineses em casa, mas luta para que seus carros continuem tão atraentes aos tailandeses (e de outros países também) quanto aqueles das décadas anteriores.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X