“Telas não são luxo”, declara Gorden Wagener, Diretor de Design da Mercedes-Benz, desafiando a tendência atual de telas enormes dentro dos carros.
Esta declaração contradiz o que a Mercedes havia dito anteriormente sobre sua extensa Hyperscreen, um impressionante display de 56 polegadas encontrado no sedã EQS.
Na verdade, não faz muito tempo que a empresa sugeriu que as telas poderiam ficar ainda maiores em modelos futuros.
Mesmo com a Mercedes agora questionando a necessidade de telas gigantes, o próximo facelift do Classe S ainda incluirá a tal Hyperscreen.
Fotos espionadas de veículos de teste confirmam que o sedã topo de linha adotará este display, alinhando seu interior com o EQS. Isso sugere que, embora a Mercedes possa estar repensando sua abordagem, a transição para longe das grandes telas não acontecerá imediatamente.
A Continental apresentou a tecnologia na CES 2025, e ela possui diversas aplicações potenciais.
Enquanto isso, a BMW tomou a direção oposta. A empresa deixou claro que não seguirá a tendência de aumentar o tamanho das telas, mas optará por focar na exibição de informações importantes através de tecnologias como o Panoramic iDrive, que projeta dados pelo para-brisa, permitindo que os motoristas permaneçam conectados à estrada sem a distração de telas superdimensionadas.
Apesar do debate, telas grandes têm seus benefícios, especialmente para entretenimento dos passageiros.
A Série 7 da BMW, por exemplo, oferece uma opcional Theater Screen panorâmica de 31 polegadas em 8K para passageiros do banco traseiro, transformando a cabine em um mini cinema.
A Mercedes também está explorando maneiras de usar grandes telas criativamente. A empresa está trabalhando com a Sony para trazer filmes IMAX para seus veículos, o que poderia ser especialmente útil com o avanço da tecnologia de direção autônoma.
A Mercedes já tem aprovação governamental para usar sistemas de direção autônoma sem as mãos em certas regiões, o que sugere que no futuro, os motoristas poderão interagir com segurança com os sistemas de entretenimento durante períodos de condução automatizada.
Por enquanto, as montadoras estão adotando abordagens diferentes. A Mercedes ainda usa telas enormes, mas está começando a reconsiderar seu papel em carros de luxo.
Por outro lado, a BMW mantém sua crença de que maior nem sempre é melhor, continuando a focar no design centrado no motorista.
Independentemente da direção que as fabricantes escolham, o objetivo permanece o mesmo – melhorar a experiência de condução sem sacrificar conforto, segurança ou conveniência.
O comentário feito por Wagener no início indica que a Mercedes buscará aprimorar outros aspectos da experiência automobilística para transmitir luxo, em vez de contar apenas com as capacidades das telas, mas para muitos, isso deveria ser feito em conjunto com telas menores, não em substituição a elas.
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