Os carros totalmente autônomos ainda estão longe de se tornarem realidade nas ruas, e sua implementação total só deve acontecer bem depois de 2030, segundo Ali Kani, chefe da divisão automotiva da Nvidia.
A gigante da tecnologia, conhecida por seus avançados sistemas de computação e software, tem investido pesado em tecnologia para veículos autônomos, fornecendo chips e sistemas para marcas como JLR, Mercedes-Benz e Volvo.
Apesar do progresso em sistemas de assistência ao motorista, Kani foi categórico: “Não estamos perto. É algo extremamente difícil.”
Ele explicou que a evolução para carros completamente autônomos exige um grande avanço em tecnologia, especialmente no poder de computação, memória e sensores.
Os veículos atuais com capacidades limitadas de autonomia operam com software que segue regras pré-definidas, resultando em comportamentos como frenagens abruptas e reações artificiais.
Segundo Kani, os próximos carros precisarão de modelos que aprendam comportamentos naturais: “É aí que você começa a pensar: ‘Uau, esse carro está dirigindo de forma calma e suave.’”
Para atingir esse nível de naturalidade e segurança, será necessário um salto significativo no hardware e software usados nos veículos:
– Poder de computação: Modelos de aprendizado de máquina avançados, como os grandes modelos de linguagem usados em IA, exigem muito mais poder de processamento e memória.
– Sensores aprimorados: Sensores como lidar e radar são essenciais para fornecer dados confiáveis ao sistema, mas precisam ser mais avançados e integrados.
– Redundância em algoritmos: Garantir a segurança requer múltiplos sistemas operando em paralelo, aumentando ainda mais as demandas tecnológicas.
Kani enfatizou que a indústria deve adotar uma abordagem cautelosa no desenvolvimento da tecnologia autônoma, evitando atalhos que possam comprometer a segurança.
“Se uma empresa cometer um erro, todo o setor pode retroceder por anos,” alertou.
Embora a Nvidia esteja avançando rapidamente no desenvolvimento de soluções para veículos autônomos, a previsão é de que os carros que realmente dirigem sozinhos só comecem a aparecer de forma significativa na próxima década.
Até lá, o foco continuará sendo em sistemas avançados de assistência ao motorista e melhorias graduais nas capacidades autônomas.
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