Hoje vemos uma guerra de preços na China, com alta competitividade entre as marcas, que decidiram partir para inovação em carros elétricos e híbridos com longo alcance, de modo a conquistar o consumidor local, cansado de carros comuns.
Mas, e se essa situação se espalhasse pelo mundo? Jim Rowan, CEO da Volvo, fez um alerta, dizendo que a hipercompetitividade vista na China se espalhará pelo mundo.
Rowan aponta para a perda de participação dos grandes fabricantes europeus, americanos e asiáticos na China, visto que, se eles estão perdendo terreno por lá, vão querer ganhar em outro lugar.
Isso significa uma mudança de alvo, mas Rowan não fala apenas de um ou dois mercados em potencial, fala que a disputa acirrada que se vê na China ocorrerá em praticamente todos os lugares.
Jim Rowan também diz que, no próximo ano, haverá mais marcas chinesas na Europa que atualmente e nem as barreiras tarifarias serão suficientes para deter esse movimento, já que muitas delas estão se tornando fabricantes no velho continente.
O chefe da Volvo diz que esse movimento será maior a partir de 2026, quando as primeiras fábricas de marcas chinesas começarão a funcionar na Europa. Com produção local, driblam-se as restrições locais sobre importados.
O executivo também apontou para o grande número de marcas na China e como eles não devem estar ganhando dinheiro, uma vez que, apesar de enorme, o mercado chinês está mais seletivo.
Rowan comentou que, no mercado premium, haverá mais descontos em vários lugares e os preços desses carros tenderão a baixar. O que Jim fala é o que aconteceu na China.
A tal guerra de preços só ocorria abaixo de 300.000 yuans, o que protegia as marcas de luxo, mas agora a coisa mudou com novos players locais entrando com produtos premium e agregados com tecnologia de ponta.
Veremos isso no Brasil? Por ora, o que estamos assistindo é um movimento de alta competitividade no segmento abaixo dos R$ 300 mil.
Marcas como BYD e GWM, com a própria Volvo provocando no segmento premium, forçaram uma redução de preços em muitas marcas tradicionais, com seus carros elétricos e híbridos plug-in que oferecem ainda tecnologias conectadas.
Já no segmento premium, isso parece que demorará mais, porém, marcas como Wey, Xiaomi, Denza, Zeekr, entre outras, podem começar a elevar essa competitividade das faixas abaixo para o mercado de luxo. Você compraria um carro de luxo chinês, se pudesse?
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