Carro da semana, opinião do dono – HB20 1.6 2014

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Venho aqui compartilhar minha opinião de dono referente ao meu antigo HB20 1.6 ano 2014! Sou um ex-proprietário de Polo ano 2010 Sportline, que fiquei por 3 anos e 40 mil km rodados!

Tempo esse sem dores de cabeça e só alegria! Inclusive, um relato do Polo foi feito aqui na época que havia comprado.

O tempo passou e o km do carro subiu, estava com 92 mil km rodados, quando tomei a decisão de troca-lo por um carro mais novo e com um km mais baixo, pois teria que fazer uma manutenção pesada se quisesse continuar com o carro (4 pneus / suspensão / correias / freios e algo mais que o mecânico encontrasse).

Como eu já estava querendo trocar, pensei em vender e não fazer a mesma. Lembrando que a manutenção seria peças de consumo mesmo, o carro não estava com problemas.

Comecei então a procura pelo meu próximo carro! Queria algo em torno de 2012 para cima, abaixo dos 50 mil km e que fosse no mínimo 1.6. Eu queria que entregasse o que eu tinha no meu Polo Sportline!

Outro fator era a questão financeira, que na época poderia ser um carro de no máximo 38 mil reais… Eis que a procura começou a ficar difícil! O Polo, apesar de velho (2010), era um Sportline! E querendo ou não, é um carro taxado como compacto premium. Senti muito isso na minha procura.

Com o valor, ano e km, eu realmente não consegui achar algum carro que me agradasse tanto quanto o Polo me agradou… Encontrava carros tão completos quanto o Polo, mas teria que baixar o ano para 2008 e tal, e esse não era meu objetivo.

Depois de muita procura, percebi que o HB20 seria o que mais ou menos se encaixaria na minha necessidade! Depois dessa escolha em mente, a segunda dificuldade foi achar um HB20 1.6!

O mercado de usados esta repleto de 1.0, mas o 1.6 é muito difícil de achar! Eis então que acho meu desejado HB20 1.6 2014, único dono com seus 45 mil km rodados por 37 mil reais (isso em Agosto de 2017).

As versões nunca entendi direito, pois no documento estava Comfort Style, mas olhava nos sites e o meu era mais completo que isso… O meu vinha com retrovisores elétricos, subida automática dos vidros no travamento das portas e todos one touch, além de farol de neblina (fora os itens de série).

Tinha sensor de estacionamento, mas era paralelo (odiava ele, nunca funciona igual a um original de fábrica).

Depois de uma volta com o carro e detalhes financeiros acertados, fechamos negocio! Fiquei impressionado que mesmo o Polo, na época um carro ainda fora de linha (existiam só boatos sobre a nova geração) foi feito negócio Fipe x Fipe na garagem!

Agora sim, impressões sobre o HB20, mas essa introdução foi necessária para entender o final da história!

Impressões sobre meus 6 meses que fiquei com o carro e no final vão entender o porque desse pouco tempo!

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Itens a bordo

O HB20 vem bem “completo” e tem ar condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos (nas 4 portas nessa versão), som de fábrica com USB, Bluetooth (da para escutar spotify do celular), computador de bordo, etc! Enfim é um carro bem completinho, mas também não tem mimos!

O ar não é digital (como no meu Polo) e a qualidade do som original não é boa, pois só tem 4 falantes (contra os 8 do polo) e achei o computador de bordo um pouco ineficiente.

Exemplo: quando enchia o tanque do Polo, mostrava a autonomia conforme o consumo médio do momento, então a autonomia aumentava conforme o consumo melhorava em uma viagem, então se eu enchia o tanque com o consumo de cidade (10,5 km/l ), ele mostrava uma autonomia de mais ou menos de 380 km com o tanque.

Conforme eu pegava a estrada, ele ia atualizando a autonomia conforme o consumo (15,5 km/l na BR) e ela subia para cerca de 600 km de autonomia. Assim, você tinha uma boa base de quanto realmente conseguiria andar com o carro!

No HB20, quando enchia o tanque, ele também fazia o cálculo conforme o consumo do momento, só que quando você viajava com o carro, a autonomia não aumentava, ficava nos mesmos 350 km, ao invés de aumentar a autonomia, ele não baixava ela, gastando de forma mais lenta, ou seja, pegava a BR e ao contrário dele ir baixando a quilometragem conforme ia rodando, ele baixa ex 5 KM de autonomia para 50 km rodados.

Sei que para isso temos o ponteiro que mostra o nível do tanque, mas acho ineficiente o cálculo usado nesse computador de bordo, que vinha no HB20. Ponto positivo para o porta-óculos no teto! Isso ajuda bastante!

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Conforto e Espaço

Isso foi uma grande diferença que senti e cada um vai puxar para um lado conforme gosta mais! O Polo era extremamente duro e firme. comparado ao HB20.

O conjunto de suspensão do HB é bem macio, de certa forma mais confortável, porém, por ser mais macio, era muito fácil escutar as batidas de fim de curso (principalmente atrás), não precisa pegar buracos, qualquer saída de lombada mais rápido já se sentia isso.

A estabilidade também era afetada em velocidades acima de 110 km/h. Nos bancos era nítido que eram mais “finos” e menores, sendo que o ajuste de altura é muito ruim, você consegue “inflar” somente embaixo da coxa, você não tinha uma posição mais alto ou mais baixa, somente as pernas erguiam ou baixavam…

Com relação ao espaço interno, mesma coisa que meu antigo Polo, o que para mim não incomoda, já que sou eu e minha mulher que andam no carro!

Atrás de mim (1,82 metros de altura) ninguém cabia, a menos que eu me exprimisse um pouco para dar um espaço para quem fosse junto. Isso é igual tanto no HB20 como no Polo! Talvez seja um problema particular meu, que gosto de dirigir com as pernas bem esticadas!

Porta malas, ponto positivo para o HB20, ótimo espaço. São 300 litros bem aproveitáveis e com a enorme abertura do tampão!

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Dirigibilidade – Motor – Gastos de manutenção

O motor 1.6 na minha opinião é o grande triunfo desse pequeno valente! São quase 130 cv no etanol, alinhado ao baixo peso do carro, ele faz pequeno decolar! De todos os 1.6 aspirados que dirigi, digo que esse foi o mais forte de todos, tanto é que esse 1.6 equipa vários carros mais pesados (Kia Cerato e Soul, por exemplo). Então, no HB20 ele sobra…

O consumo também é bom, na cidade e sem trânsito pesado, sempre ficou na casa dos 9.5 km/l para cima (chegando a 11,5 km/l em situações muito boas) na estrada a falta de uma sexta marcha é nítida (colocada em modelos de 2016 para cima, se não me engano).

Porém, o consumo sempre ficou na casa dos 15,5 km/l ( andando bem de boa 90 km/h) e 13,5 Km/l (em velocidade de 100 km/h com picos de 120km/h).

Como nem tudo são flores, o motor, apesar de muito forte, só entregava essa força toda acima dos 3.500 rpm, antes disse era muito fraco, muito amarrado e saídas de cruzamentos terríveis. Na gasolina o “leg” era pior ainda! Parecia 1.0. Sofri muito com isso acostumado com o Polo que entrega em baixa rotação, porém, a potência é sim muito maior no HB20.

Essa diferença você vê na pratica em uma ultrapassagem. No Polo, a 80 km/h e queria ultrapassar, era só reduzir para quarta e o carro ia bem até uns 4.500 rpm, depois poderia trocar a marcha! No HB20, na mesma situação, tinha que jogar uma terceira marcha e deixar berrar até quase cortar, que ele vinha ganhando força até o final, mas não podia deixar o giro cair de 3.500 rpm.

Estabilidade boa até 110 km/h e depois disso você já não tinha mais o carro não mão! Manutenção, nada de espetacular, até porque nesse curto tempo eu só troquei o óleo e a correia poly-V (60 mil km).

Na minha opinião, mesmos valores que já vinha pagando no Polo. Os faróis, apesar de enormes, iluminam muito mal! Na BR, à noite, era obrigado a ligar os faróis de neblina, se não parecia que tava desligado, optei por lâmpadas que prometiam aumentar a visibilidade (amarelas mesmo, nada de LED ou xênon) e realmente ajudou e muito!

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Seguro

Altíssimo! HB20 é o carro mais roubado do Brasil, em Blumenau – SC, pagava R$: 2.200,00 por ano pela Porto Seguro!

Opinião final – Vale a pena? – Motivo da troca

De modo geral o HB20 é um bom carro. Ele é popular, mas “parece” ser algo melhor, mas aí que está, ele parece, mas não deixar de ser um popular. Ele te leva a pensar que esta em um carro de categoria melhor, os instrumentos parecidos com o i30, o design inovador,  etc!

Mas, no dia a dia, você sabe que está andando em um Gol da Hyundai (de maneira alguma menosprezando o Gol, apenas para fins de comparação).

Acredito que se você está vindo de um carro inferior ao HB20, ele vai te agradará e muito. É bonito, econômico, manutenção barata, etc… Mas, no meu caso eu senti que tinha decaído e não estava satisfeito com o carro, então resolvi vende-lo antes do tempo!

Acabei trocando o HB20 por um New Fiesta Titanium 2014, onde encontrei tudo que tinha no meu Polo e muito mais! E voltei a ter o prazer de dirigir que tinha perdido no HB20… Detalhes desse carro vão ficar para uma próxima publicação aqui no site, estou a 30 dias com ele ainda, só amor no momento…

Como comentei, não era hora de trocar de carro, estava a menos de um ano com o HB20, mas a proposta no Fiesta foi muito interessante, e resolvi adiantar a troca do carro. Como dizem, “ a vida é muito curta para ficar dirigindo um carro que você não gosta”. É isso aí, poderia ter mais detalhes, mas já ficou muito grande o texto.

Por Elves da Silva.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X