Carros mexicanos ficarão mais caros no mercado americano a partir de 2025? Essa situação é tida como certa, mas alguns consideram outra coisa

A partir de janeiro de 2025, Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos e com ele vem a promessa de campanha de que carros fabricados no México e no Canadá serão sobretaxados, pagando 25% de imposto de importação.

Quase um consenso de que os veículos mexicanos ficarão mais caros, essa máxima com Trump pode não ser o que deve realmente acontecer. Segundo o site Autoblog, Trump pode não exercer exatamente sua promessa e assim utilizar os argumentos para negociar.

Para alguns analistas e políticos, tarifa é para Trump “a palavra mais bonita do dicionário” e ele poderia exercê-la abertamente em defesa da indústria americana.

Todavia, acredita-se que as tarifas propostas estejam mais próximas de ferramentas de negociação do que de propostas políticas reais. Nesse caso, Trump pode forçar um redirecionamento de investimentos de montadoras americanas e estrangeiras para os EUA.

Kevin Cramer, senador pelo estado de Dakota do Norte, comentou: “Se você começar a usá-las como uma espécie de política geral relacionada à receita, isso é mais preocupante”.

Para Cramer, Trump pode forçar os parceiros do sul e do norte para uma política que seja mais favorável aos EUA no lugar de simplesmente impor tarifas mais altas.

Já Marko Papic, um pesquisador macro de pesquisas de investimento para gestores de ativos, disse que, embora “a linguagem impetuosa de Trump possa ter levado alguns a acreditar que tarifas inflacionadas estão a caminho”, é improvável que ele cumpra literalmente.

Papic ampliou: “Na verdade, tudo faz parte de sua abordagem ‘América em Primeiro Lugar’, que o levará a fechar um acordo comercial com a China, talvez condicionado à realocação de suas empresas e de suas instalações de produção para os EUA”.

Trump já lançou um convite a fabricantes chineses para que os mesmos se instalem nos EUA, o que realmente desagradou Detroit, uma vez que para as Big Three, seria convidar o “inimigo” para dentro de casa. Seja como for, devemos esperar Donald assumir e ver o que vai acontecer.