A BYD quer ampliar a assistência ao condutor em seus carros e também democratizar a tecnologia, numa clara posição em direção à Tesla, sua maior rival global.
Assim, a partir de 2025, a BYD começa a introduzir em toda sua gama de modelos a direção inteligente NOA (Navigate on Autopilot), que consiste em uma condução semiautônoma avançada.
De nível 2+, o sistema da BYD será introduzido desde o Dolphin Mini (Seagull) até o Yangwang U8, aquele jipão estiloso que pode navegar em cursos d’água.
Na China, a BYD lidera em vendas, porém fica atrás em oferta de pacote ADAS e direção inteligente, o que torna sua posição delicada diante dos concorrentes.
Assim, a ideia é “democratizar” a tecnologia para tornar seus carros mais seguros e atrativos para os consumidores mais exigentes, já que sabemos que muitos nem ligam para tais dispositivos.
Para o Navigate on Autopilot ser implementado, a BYD fez parcerias nos últimos dois anos com a DJI e a Huawei.
A primeira é a tradicional fabricante de drones, já bem conhecida aqui no Brasil, enquanto a segunda é um famoso gigante do setor de eletrônica.
Segundo um relatório divulgado na mídia chinesa, segundo o site CarNewsChina, a BYD quer introduzir o NOA “do econômico BYD Seagull ao Yangwang U8 de um milhão de yuans”.
Isso dará um salto enorme para modelos pequenos, como Dolphin Mini, Dolphin e Yuan Pro, podendo ser ainda adicionado aos futuros carros da BYD desenvolvidos para o Brasil.
Sem dúvidas, nesse caso, colocaria tais produtos num patamar acima dos concorrentes de mercado.
Só na divisão que desenvolve a tecnologia, são 1.300 pessoas trabalhando no momento e um orçamento de US$ 13,6 bilhões.
As tecnologias serão oferecidas num pacote ADAS com basicamente a direção inteligente urbana (CNOA — City Navigate on Autopilot) e direção inteligente em rodovias (HNOA — Highway Navigate of Autopilot).
O pacote inclui 11 câmeras, sendo 7 de longo alcance e 4 angulares, mais os processadores da Nvidia e Horizon Robotics, sendo três pacotes de níveis 2+ e 3: DiPilot 100, DiPilot 300 e DiPilot 600.
A capacidade de processamento de dados vai de 100 a 508 TOPS (Tera Operations Per Second) e um milhão de chips já foram comprados das empresas citadas só para 2025.
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