Vale do Lítio é como está sendo conhecida uma região no norte de Minas Gerais, onde estariam boas reservas desse mineral em rochas duras. Localizado no Vale do Jequitinhonha, a área tem dois lotes sob a responsabilidade da chinesa BYD.
Segundo a Reuters, documentos de 2023 revelam que uma área de 852 hectares nessa região foram concedidas à BYD para exploração mineral, sendo no caso a extração de lítio, vital para as baterias Blade usadas nos carros elétricos da marca.
Para explorar a área, foi criada uma subsidiária com um capital social de R$ 4 milhões, chamada BYD Exploração Mineral do Brasil, que teria contratado a Minagem Geologia e Mineração para avaliar a área.
Com as reservas localizadas em General Murta-MG, a distância entre a área de mineração e a futura fábrica de processamento de lítio em Camaçari, na Bahia, é de 825 km ou “meio-dia de carro”, segundo a Reuters.
Como se sabe, o complexo da BYD na Bahia não produzirá somente carros elétricos e híbridos, mas também caminhões e ônibus, assim como fará o processamento de lítio, algo que a montadora anunciou oficialmente em seu site.
O interesse da BYD no Vale do Lítio brasileiro atrairá agora a atenção de países e empresas em busca do “petróleo do futuro”, com valorização acelerada de outras áreas, como revelado pela empresa Atlas Lithium, também presente na região.
Consultada, diferente da BYD que não quis se manifestar, a Atlas Lithium vê vantagem na chegada dos chineses, já que isso trará maior valor para a região de exploração, haja visto que a Reuters divulgou isso em seu site internacional.
Marc Fogassa, CEO da Atlas, comentou: “Se eles investiram nessas duas áreas, é porque viram o potencial e isso obviamente torna minhas áreas mais valiosas”.
Para o Brasil, a nova ação da BYD é válida, por ampliar sua atuação no país e numa nova área de exploração que poderá atrair mais investimentos de capitais estrangeiros.
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