O mercado brasileiro teve um recorde de vendas de carros chineses no ano passado, com marcas como BYD e GWM liderando a “invasão” de veículos importados do gigante asiático.
Foram 120,3 mil unidades vendidas, bem mais que os 42 mil do ano anterior, alta de 187%. Eles representaram 26% das importações, entraram por portos como de Vitória e Recife.
Por origem, a China foi o segundo país que mais enviou carros ao Brasil, já que o primeiro foi a Argentina, com 48% e 224 mil unidades.
Segundo a Anfavea, ainda há 50 mil carros chineses estocados nos portos e centros de distribuição no Brasil. México e Alemanha representaram 10% e 5%, obtendo altas de 43% e 14%, com vendas de 44,5 mil e 24,4 mil unidades, respectivamente.
O volume de carros chineses nos portos chegou a 70 mil em outubro, após as marcas chinesas ampliarem as compras para fugir da alta da alíquota de importação dos elétricos de 10% para 18%, o que aconteceu em julho passado.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, comentou: “Acrescentando o volume importado da China ainda em estoque, a quantidade de veículos vindos daquele país em 2024 chega a 175 mil unidades, ou seja, alta de 317% no comparativo anual. As importações totais seriam de 521 mil, ante os 466,5 mil contabilizados oficialmente”.
Com estes 50 mil carros, as marcas chinesas começarão 2025 com promoções e ações individuais para ampliar as vendas, já considerando as alíquotas atualmente vigentes, com a chegada esperada de mais volumes.
As marcas chinesas, diante do reajuste das alíquotas em julho de 2025, reforçarão a importação de carros até essa data, de modo a compensar a alta com as vendas posteriores até o final do ano.
Mesmo assim, no segundo semestre, BYD e GWM já estarão montando seus carros nas fábricas de Camaçari e Iracemápolis, respectivamente na Bahia e em São Paulo. Todavia, não se espera um grande volume nesse período.
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