Digita esse endereço eletrônico www.baojun.com.br em seu navegador e veja aonde ele dará. Pois é… Se você fez isso, chegou ao site de mídia da General Motors na China, porém, especificamente ao da marca chinesa Baojun.

Como você sabe, a Baojun é uma marca criada a partir da SAIC-GM-Wuling e alguns produtos dela são vendidos em mercados pelo mundo com a marca Chevrolet, como o Groove, oferecido no Chile, ou a Captiva “chinesa” vista no México.

O endereço eletrônico brasileiro é um forte indicativo de que existe interesse do consumidor brasileiro na Baojun e a GM sabe disso. Ainda que registros no INPI, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, não tenham surgido especificamente pela marca, trazê-la ao país não seria nada estranho.

O maior exemplo disso é o recente anúncio da Stellantis com a Leapmotor, num movimento inesperado, pelo menos aqui no Brasil. Todavia, o caso do grupo líder de volume por aqui é recente com a chinesa, bem diferente da GM.

Há décadas que a GM tem na Wuling uma marca para lhe fornecer carros baratos e de volume na China, onde esta brilhou com modelos como o furgão pequeno Hongguang e o minicarro elétrico Mini EV.

Já a Baojun tem um portfólio mais internacional, especialmente por conta da Chevrolet, ainda que tenha usado veículos da Wuling. Produtos como o hatch Yun Duo, o jipinho Yep Plus, a perua Valli, a linha de modelos “R” (RM, RC e RS), poderiam ser a arma da GM contra os próprios chineses aqui.

O problema para a GM, acusando especialmente a baixa demanda no país, seria que a Baojun faria aqui o mesmo que as conterrâneas já estão fazendo, ou seja, conquistando vendas que poderiam ser da Chevrolet.

No caso da Stellantis, por ter cinco marcas e dominar o mercado em volume, a Leapmotor não terá grande impacto em seus emplacamentos.

Ainda assim, nesse jogo, a GM ainda teria a Wuling para forçar a barra para cima das rivais, sem contar a capacidade industrial no país, onde uma planta poderia ser convertida para fazer carros da Baojun ou Wuling. Vem ou não? O que você acha?