Na linha 2025, o Renegade teve algumas mudanças em suas versões e também preços.
A versão Sport, aquela que ficava imediatamente acima do modelo básico sem nome, sai de cena e no lugar dela entra o Renegade Altitude.
O lado bom é que a Altitude é um pouco mais equipada do que a Sport, ganhando central multimídia maior, com 8,4 polegadas, do mesmo tamanho daquela existente nas versões mais caras.
Chega também o painel digital com sete polegadas, ar-condicionado dual zone automático e o teto pintado de preto.
Também adiciona perante o Renegade básico: frenagem autônoma de emergência, detector de fadiga, monitor de mudança de faixa, câmera de ré, rack do teto, tampão do porta-malas, tapetes em carpete, quebra-sol com luzes e porta-luvas iluminado.
Só que os aumentos de preço continuam abundantes e frequentes. O Jeep Sport 2024 custava R$ 143.990. O Altitude 2025 chegou custando R$ 147.990, lá em julho passado, e hoje, a versão já está em R$ 152.990.
Se voltarmos no tempo, apenas um ano e meio atrás, em junho de 2023, o Renegade Longitude custava R$ 150.000, e hoje essa quantia não compra nem o Altitude.
A Jeep precisava de uma versão na faixa dos R$ 140.000, e seria perfeitamente possível vender o Altitude por esse valor, já que a versão de entrada caiu de R$ 118.000 para R$ 115.000 na linha 2025.
Mas, é claro que é mais interessante vender o Altitude a R$ 152.990, o que faz com que o Longitude encoste nos R$ 172.000, o que antes era preço de versão topo de linha.
Mesmo com potência reduzida, o desempenho continua ótimo
Depois de poder esfregar na cara de todos os outros SUVs compactos, durante os anos/modelo 2022, 2023 e 2024, que tinha 185 cavalos de potência e 27,5 kgfm de torque, o Renegade teve que baixar a bola.
Por causa da oitava fase do Proconve, temos agora regras mais rígidas para poluentes. Então os motores tiveram de passar por ajustes para se tornarem compatíveis, isso em todas as marcas.
Todos os Renegade fabricados a partir de 2025 terão 176 cavalos de potência, mas mantendo os 27,5 kgfm de torque.
São 9 cavalos a menos, que talvez façam diferença para quem tem um modelo 2024. Não conseguimos analisar a nova potência, pois o carro testado era 2024/2025, portanto, ainda com a potência maior.
Mesmo sem acionar o modo Sport, o comportamento do Renegade 1.3 Turbo é excelente, em todas as condições. O torque, disponível já a partir de 1.750 rotações, deixa o motor bem elástico.
O consumo, que sempre aferimos abaixo do que os fabricantes apontam, dessa vez ficou bem abaixo. Ao invés de 11 km/l na cidade, tivemos 8,5 km/l, com gasolina.
Interior confortável e suspensão um pouco mais baixa
Sim, todo mundo hoje em dia quer carro com bancos em couro, mas nem toda unanimidade é inteligente.
Prefiro bancos em tecido, como já comentei aqui no Notícias Automotivas, e por isso, achei o interior do Renegade Altitude bem confortável.
E outro ponto que a maioria das pessoas não gosta, mas achei cômodo, é a altura da suspensão.
A versão Altitude tem rodas 17, com pneus 215/60, o que leva a uma altura livre do solo de 18 centímetros, ao passo que outras versões mais caras, e com rodas maiores, tem 19 ou até mesmo 21 centímetros de altura.
E essa altura não se resume ao tamanho das rodas e dos pneus não.
Anteriormente, quando as versões diesel ainda existiam, elas tinham 22 centímetros de altura livre, graças a uma suspensão mais alta também.
Um start/stop irritante, que desliga o motor antes do carro parar completamente
O sistema start/stop do Renegade 2025 tem uma característica que não notei em nenhum carro que avaliei nos últimos meses, ou até anos.
Ele não espera o carro parar completamente para entender que precisa entrar em ação.
Em nome da maior eficiência, ou maior economia de combustível, a Jeep deixou o sistema assim, e a única coisa que acaba acontecendo é que o motorista fica irritado o tempo todo em que o start/stop está acionado.
Em situações como estar devagar, a uns 5 km/h, atrás de um carro, em um trânsito pesado, ou ao chegar em um cruzamento, rodando bem devagar, apenas para ver se vem vindo algum carro, o motor desliga, e aí vem aquele tranco que você não está esperando. Super legal.
Se, por um lado, o ligar do motor quando se tira o pé do freio, é um dos mais suaves que existem em start/stops de carros nacionais hoje em dia, o acionamento é o grande problema.
Todo o tempo em que usei o carro cedido pela Jeep, a primeira coisa que fazia era apertar o botão no console central, para desligar o “maledeto”.
Cabine continua muito acima da média; porta-malas, abaixo
Mesmo falando de uma versão que não traz quase nada em termos de requinte, o acabamento do Renegade não foi piorado com o passar dos anos.
Os acabamentos continuam macios, inclusive o painel todo continua em material macio ao toque, para a raiva extrema daqueles que comentam que painel não precisa ser macio, pois ele “não vai sentar no painel”.
Como agora em 2025 o modelo está alcançando 10 anos sendo vendido no Brasil, é claro que o design do interior já se torna ultrapassado, principalmente em relação a modelos lançados mais recentemente, como HR-V e Creta.
Já o porta-malas continua sendo aquele de hatch compacto. O Renegade se torna uma boa opção quando você não for usar ele para viagens com mais do que duas, no máximo, máximo, três pessoas.
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