O Chevrolet Equinox Turbo é o nome pelo qual a GM chama a quarta geração do SUV médio importado do México, sendo ele a continuidade do anterior.
Ele não tem relação direta com o Equinox EV, ainda que este último tenha o mesmo nome, mas é um SUV grande e elétrico, inspirado nas duas primeiras gerações do modelo.
Confuso, não é mesmo? Pois é, mas é assim que a GM vê a coisa e devemos agora nos ater ao tradicional, pois o Chevrolet Equinox Turbo é um SUV sem nenhuma eletrificação.
Embora tenha na China uma versão PHEV, a Plus, aqui o negócio é mais do mesmo, só que refinado, melhorando o estilo e também o conforto a bordo, com ampliação da conectividade.
Todavia, seu motor é o mesmo 1.5 Turbo de antes, agora com 177 cavalos, mas com câmbio melhor e a tração AWD de que alguns gostam. Preço? Também não saiu da faixa: R$ 275.790 nas versões Activ e RS, a avaliada.
A aparência é o que vale
O Chevrolet Equinox anterior tinha um visual bem fluido e atraente, mas cansou e acabou virando de certo modo uma perua grande, por isso, a GM trouxe uma aparência mais parruda neste.
A ideia era se aproximar do Traverse e ele fez bem, já que ambos são quase iguais, diferente muito no tamanho. Aliás, o Chevrolet Equinox Turbo segurou-se bem nos 4,65 m.
Tendo frente quadradona e alta, com elementos escurecidos devido à proposta mais esportiva da RS. Com as luzes diurnas assumindo a identidade visual, o Equinox Turbo chama a atenção.
Com sua carroceria destacando as colunas C e as vigias laterais retas, o SUV da GM é quase um mini-Traverse e, como não temos acesso a ele no Brasil, é um alento.
Atrás, o layout destaca as lanternas em LED ampliadas e um para-choque em preto brilhante para reforçar a proposta da RS, que tem ainda rodas diamantadas (deveriam ser mais escuras) aro 20 com pneus 235/50 R20.
Dentro, o Chevrolet Equinox Turbo RS tem bom acabamento, com destaque para os apliques em um vermelho vivo brilhante e mesclado que nos faz pensar que a GM poderia exagerar mais e adicioná-lo no console e nas portas.
Os bancos em couro em dois tons são bonitos e confortáveis, com os dianteiros tendo ventilação e ajustes elétricos (com memórias para o condutor e modo de entrada), além de quatro lugares aquecidos também. Diferente do Equinox EV, neste o ar condicionado é dual zone.
Também, da mesma forma, o carregamento indutivo não funcionou para Android… Seguindo então as semelhanças, o volante é o mesmo, mas com o “L” da reduzida, o mesmo aquecimento e paddle shifts, neste caso para trocar marchas mesmo.
O logo RS na direção lembra onde você está, enquanto o painel traz o mesmo cluster digital de 12,3 polegadas e com o mesmo layout, assim como a multimídia, que sim, funcionou com Android Auto e CarPlay, diferente do elétrico.
Sem 360 graus, a câmera de ré é aceitável, com o Chevrolet Equinox Turbo tendo ainda GPS nativo, OnStar, Wi-Fi, enfim, o que se espera do modelo. O console igualmente vazado é bem prático, com botão de modos de condução (Normal, Neve e Off-Road).
Freio de estacionamento no canto esquerdo do painel e mudança de marchas na alavanca direta da coluna de direção estão lá como no irmão grandalhão. O Chevrolet Equinox Turbo tem ainda um teto solar panorâmico bom, com sua persiana elétrica.
Espaçoso, tem banco traseiro confortável com apoio de braço, aquecimento, saídas de ar condicionado, portas USB-C, enfim, não dá para reclamar.
No bagageiro, sem a tampa interna como no EV, o espaço leva 469 litros, com direito a compartimento inferior e estepe, que não existe no EV. A tampa é elétrica.
Mais do mesmo
Pois é, nem tudo é novo no Chevrolet Equinox Turbo e a GM não tinha para onde correr… O 1.5 Turbo usado aqui é o mesmo da geração anterior, porém, atualizado em algumas coisas.
Com isso, o velho motor de 1.490 cm³ entrega 177 cavalos a 5.600 rpm e 28 kgfm a 2.000 rpm, mais que a versão antiga, mas sempre a gasolina. Para melhorar desempenho e consumo, a GM trocou o câmbio, adicionando o 8T45 de oito velocidades.
Este não tem modo Sport, mas conta com uma reduzida para situações no fora de estrada e, lembrando disso, ainda que a versão Activ pareça mais adequada, o Chevrolet Equinox Turbo RS conta com tração AWD, que pode ser ativada no painel.
Tendo isto tudo, o Chevrolet Equinox Turbo RS se mostra, com o anterior, um SUV médio bem esperto, sendo ágil nas ultrapassagens e retomadas, assim como navega bem em regimes baixos com torque apresentável e respostas imediatas ao acelerador.
Com mais marchas, melhorou muito o aproveitamento da energia do motor, trazendo mais conforto ao dirigir, tanto na cidade quanto na estrada, onde mantém uns 2.000 rpm em velocidade de cruzeiro. Pisando, passa um pouco dos 6.000 rpm e, na cidade, circula a 1.500 rpm com desenvoltura.
Ativando a tração AWD, ele arranca com mais vigor e garante uma aceleração mais linear. Porém, para a frugalidade, melhor no FWD, onde o SUV da Chevrolet nos deu consumo urbano de 10,6 km/l. Aceitável para seu peso excessivo, de 1.678 kg.
Na estrada, ele se mostrou naturalmente bem mais econômico, com 18,1 km/l a 80 km/h, 16,5 km/l a 100 km/h e 15,2 km/l a 120 km/h. Se perdesse peso e a tração AWD, seria ainda mais eficiente, sem dúvidas.
Com direção bem responsiva e agradável, o Chevrolet Equinox Turbo RS tem ainda freios condizentes e um conjunto de suspensão focado no conforto, mas sem deixar de ser firme. As rodas grandes com pneus largos ajudam bem na estabilidade em curvas e mudanças de direção.
O SUV absorve bem as irregularidades e garante o conforto que muitos buscam em viagens, com um comportamento dinâmico bom.
Ele conta ainda com um pacote ADAS semelhante ao do EV, porém, menos intrusivo. Isso é bem agradável no anda-e-para, onde você não precisa tomar sustos do próprio carro, já bastando de outros motoristas.
Controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa e alerta de ponto cego já são suficientes, mas a tecnologia não é a de ponta, especialmente na ausência de centralização de faixa.
Preço dentro do esperado
O Chevrolet Equinox Turbo RS não surpreendeu em preço, afinal, se mantém onde os SUVs médios tradicionais de seu porte continuam a circular.
Mais equipado que o Equinox EV, o Equinox Turbo RS não é esportivo, mas seu conjunto mecânico responde bem e, apesar de o SUV ser pesadão, ele se mostrou mais frugal do que esperávamos.
Todavia, por conta de mercado, uma versão PHEV seria o ideal para o Equinox sair do tradicional e encarar a realidade do mercado, onde híbridos plug-in estão ditando as regras.
É bem equipado e confortável, com aquele espaço bom que se espera dele. Mas, no mercado, tirando os PHEV e EV da vida, o Chevrolet Equinox Turbo RS encontra a si próprio na versão Activ como rival. Visualmente, este é mais bonito.
Ele encontra ainda o Tiggo 8 da Caoa Chery por R$ 201.990, o Tiguan R-Line da VW por R$ 299.990 e o Commander Overland T270 da Jeep por R$ 276.990.
Pois é, ele não tem vida fácil por aqui. Vale? Se comparado ao Equinox EV, sim. Em relação a estes? Não faz feio não e ainda é o único AWD.
Chevrolet Equinox Turbo RS 2025 – Galeria de fotos
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