A Anfavea revelou os dados de produção no ano passado, que indicaram que o país passou a ser o oitavo produtor mundial de veículos, com 2,550 milhões de veículos, representando uma alta de 9,7% na comparação com 2023.
Com isso, o Brasil passou a Espanha e agora a previsão é ir mais longe. Tendo registrado o emplacamento de 2,635 milhões de unidades, volume 14,1% mais alto que em 2023.
Segundo a Anfavea, foram comercializados 14,2 milhões de veículos novos e usados, um volume realmente expressivo. Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, comentou sobre as perspectivas para o mercado brasileiro em 2025.
Leite disse: “Claramente, há uma demanda reprimida por transporte individual que vem sendo atendida de forma crescente, graças às melhores condições de crédito. Se essas condições melhorarem e se houver uma política de renovação de frota, mais pessoas poderão optar por veículos 0 km”.
Agora, a Anfavea buscará um número mais expressivo em 2025, nada menos que 3 milhões de veículos fabricados no país, mas a entidade terá de lidar com as importações, que no ano passado alcançaram o maior patamar em 10 anos.
Lima Leite comentou: “Neste ano, é preciso reequilibrar os volumes de exportações e importações, de forma a evitar um novo déficit na balança comercial, como ocorreu em 2024″.
O executivo finalizou: “Temos um Imposto de Importação muito baixo para elétricos e híbridos, o menor entre países que fabricam veículos, o que nos torna um alvo preferencial de empresas importadoras, em prejuízo de nosso parque industrial e dos nossos empregos”.
A Anfavea elencou sete pontos que o setor automotivo buscará em 2025:
1. Ampliar o mercado interno e a produção, retomando o patamar de 3 milhões
de unidades vendidas até o próximo ano
2. Reequilibrar a balança comercial, ampliando as exportações e contendo o
excesso de importações
3. Qualificar compras públicas de máquinas e veículos sem prejuízo à indústria
local, ao emprego e à inovação
4. Promover a descarbonização com foco na matriz energética e nos recursos
brasileiros, com participação destacada do setor na COP 30, este ano em
Belém (PA)
5. Reforçar o laço com os trabalhadores brasileiros em termos de capacitação e
ambiente de trabalho
6. Criar uma política perene de renovação da frota com foco na sustentabilidade
e na segurança
7. Priorizar o desenvolvimento e a produção de novas tecnologias no Brasil
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