Um motorista muito irritado, da cidade de Toronto, está deixando claro o descontentamento com as câmeras de velocidade instaladas na cidade.

Na semana passada, uma câmera localizada na movimentada Parkside Drive foi derrubada menos de 24 horas após ser reinstalada, depois de ter sido vandalizada de forma semelhante semanas antes.

Parkside Drive, que faz divisa com o famoso High Park, tem um histórico complicado no que diz respeito à segurança no trânsito.

Apesar de a velocidade permitida ter sido reduzida de 50 km/h para 40 km/h após um acidente fatal em 2021 envolvendo um casal de idosos, o excesso de velocidade continua sendo um problema.

Desde então, a cidade implementou medidas como a instalação de câmeras de velocidade e placas adicionais para coibir os motoristas. Além disso, o grupo comunitário Safe Parkside foi formado para defender melhorias na segurança da via, e há planos para a adição de ciclovias.

Apesar dessas iniciativas, a câmera instalada em Parkside Drive tornou-se a mais “lucrativa” de Toronto, registrando 63.000 infrações e gerando CAD$ 6,8 milhões em multas desde sua instalação.

Para muitos motoristas, a câmera é vista como uma fonte de frustração em uma rua projetada para velocidades mais altas, mas que também é frequentada por pedestres, ciclistas e moradores locais.

Enquanto alguns podem simpatizar com a destruição da câmera, a questão reflete um problema mais profundo: um projeto viário que não atende às necessidades reais de segurança e fluidez.

Motoristas se irritam com limites considerados baixos, mas o desrespeito a esses limites coloca em risco a vida de todos os usuários da via.

A situação de Parkside Drive é um exemplo claro de como soluções superficiais, como a instalação de câmeras, podem gerar polêmica sem abordar os problemas estruturais do local.

A verdadeira solução para ruas como Parkside exigiria investimentos em infraestrutura e mudanças no design urbano, algo que muitas vezes esbarra em limitações orçamentárias e políticas.