Os motores a diesel continuam perdendo espaço no mercado europeu.
Segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), apenas 11,9% dos carros vendidos na União Europeia em 2023 eram movidos a diesel.
Quando se considera a região ampliada, incluindo EFTA e Reino Unido, essa participação cai ainda mais, para 10,4%. Apesar desse declínio, a BMW ainda não está pronta para decretar o fim dos motores a diesel.
Frank Weber, chefe de pesquisa e desenvolvimento da marca, afirmou ao site Automotive News que ainda há demanda para essa motorização, especialmente na Europa.
Segundo ele, cerca de 80% dos BMW X5 vendidos no continente ainda são equipados com motor a diesel, o que justifica sua permanência na linha de produtos.
Weber reconhece que a procura por esse tipo de propulsão caiu drasticamente nos últimos anos, mas argumenta que ela continua sendo uma opção relevante para muitos compradores.
A BMW segue apostando em sua estratégia de “Poder da Escolha”, oferecendo uma ampla gama de motorizações, incluindo gasolina, diesel, híbridos e elétricos.
No entanto, a tendência aponta para que os motores a diesel sejam aposentados antes dos a gasolina. O aumento das restrições ambientais na Europa já forçou muitas montadoras a descontinuar opções a diesel, o que explica a queda na participação de mercado.
Antes amplamente disponíveis até mesmo em modelos compactos, os motores a diesel praticamente desapareceram desse segmento.
Atualmente, a BMW ainda oferece versões a diesel em modelos que vão do Série 1 e X1, os menores da linha, até o luxuoso Série 7 e o SUV X7.
No entanto, a marca já abandonou opções mais extremas, como o motor 3.0 turbodiesel com quatro turbocompressores, aposentado em 2020 devido à baixa demanda e aos altos custos para adequação às rígidas normas ambientais.
A chegada das regulamentações Euro 7 poderia ter selado o destino dos motores a diesel, mas as regras finais foram menos rígidas do que o inicialmente previsto. Isso pode dar um fôlego extra a esse tipo de motorização, ao menos no curto prazo.
Ainda assim, o cenário aponta para um futuro cada vez mais restrito para o diesel, e a BMW, cedo ou tarde, terá de decidir se vale a pena continuar investindo nesse tipo de tecnologia.
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