A empresa de investimentos CYVN Holdings, com sede em Abu Dhabi, fechou um acordo para adquirir 100% da McLaren Automotive dos atuais proprietários, o fundo soberano de Bahrein, Mumtalakat Holding, segundo informações da Reuters.

O fundo bahreinita havia recentemente assumido o controle total da McLaren através de uma reestruturação de capital, garantindo controle integral não só da divisão automotiva, mas também das operações de corrida da McLaren, que incluem participações na Fórmula 1, Fórmula E, Extreme E/H e esportes a motor.

Como parte do acordo, a CYVN Holdings também assumirá uma participação minoritária no grupo McLaren como um todo, embora os detalhes financeiros e a porcentagem exata dessa participação ainda não tenham sido revelados.

A Mumtalakat Holding continuará sendo a principal acionista do Grupo McLaren, mantendo o controle geral sobre a empresa.

Em comunicado conjunto, as empresas destacaram que o investimento trará à McLaren acesso a capital adicional, além de expertise em engenharia avançada e tecnologia de ponta, com foco especial em veículos elétricos.

Esse apoio é muito importante para a McLaren, que desde o impacto financeiro causado pela pandemia de COVID-19 tem enfrentado desafios severos, recorrendo a múltiplas rodadas de financiamento e até vendendo sua sede no Reino Unido.

O CYVN Holdings já possui experiência relevante no mercado de EVs, sendo acionista da marca chinesa de veículos elétricos Nio e recente proprietária da startup de esportivos elétricos Forseven, derivada da divisão de carros elétricos do Gordon Murray Group.

Essa experiência em esportivos elétricos é vista como um trunfo para a McLaren, que planeja lançar um supercarro elétrico com autonomia suficiente para uma corrida de alta velocidade até 2030, de acordo com o CEO da McLaren Automotive, Michael Leiters.

Dado o direcionamento da indústria e o perfil dos novos proprietários, muitos analistas acreditam que a McLaren pode estar planejando desenvolver um SUV, possivelmente elétrico, como parte de sua estratégia de expansão no futuro próximo.

[Fonte: Reuters]