
A McLaren pode finalmente entrar no segmento de SUVs, marcando uma das maiores mudanças na história da marca britânica de supercarros.
De acordo com informações da Bloomberg, a fabricante passará por uma reestruturação significativa após a compra de sua divisão automotiva pela empresa de investimentos CYVN Holdings, de Abu Dhabi, em dezembro de 2024.
Agora, a McLaren será fundida com a startup britânica de veículos elétricos Forseven, que, apesar do discurso grandioso sobre sofisticação e inovação, ainda não revelou nenhum modelo próprio.

A fusão faz parte de um plano estratégico do grupo árabe para transformar a McLaren em uma marca mais ampla e lucrativa, expandindo sua atuação para segmentos além dos supercarros.
O movimento sugere que a McLaren terá acesso à tecnologia da chinesa Nio, já que a Forseven firmou um acordo tecnológico com a marca de EVs de Xangai em 2024.
Embora o relatório da Bloomberg não mencione diretamente um SUV, há fortes indícios de que esse seja o caminho mais lógico para a marca.

O CEO da McLaren, Michael Leiters, já havia declarado em 2024 que a empresa pretendia lançar um veículo de alto desempenho compartilhado com dois lugares e mais, o que dificilmente se encaixaria em um cupê convencional.
Caso a fusão avance como esperado, a Forseven pode desenvolver a plataforma do SUV, enquanto a McLaren aplicaria seu DNA esportivo ao projeto.
O pior cenário seria um simples badge engineering, onde a McLaren apenas colocaria seu logotipo em um modelo desenvolvido por terceiros, o que poderia comprometer sua reputação no mundo dos supercarros.

A resposta curta para a necessidade de um SUV é que, financeiramente, sim.
A McLaren passou por dificuldades nos últimos anos, precisando vender parte de sua coleção de carros históricos, se desfazer da divisão de tecnologias aplicadas e até vender sua sede em Woking, que agora ocupa por meio de um contrato de leasing.
O setor de SUVs é o caminho mais rápido para recuperar o fôlego financeiro, seguindo os passos de marcas como Lamborghini, Ferrari, Bentley, Rolls-Royce e Aston Martin.
Embora a ideia de um SUV McLaren tenha sido rejeitada por ex-executivos como Mike Flewitt, que em 2018 declarou que o mundo já tem SUVs demais, a realidade do mercado mudou.
Hoje, um SUV não apenas faz sentido, mas pode ser essencial para garantir que a McLaren continue fabricando supercarros icônicos no futuro.
A maior dúvida não é se a McLaren pode vender um SUV, mas sim se conseguirá lançar um modelo que não dilua sua identidade como fabricante de carros de alto desempenho.
Se a fusão com a Forseven resultar em um SUV genuinamente esportivo, com tecnologia de ponta e dinâmica de condução excepcional, ele pode seguir o sucesso de modelos como o Urus e o Purosangue.
Caso contrário, o risco de prejudicar a reputação da marca será grande.
Por enquanto, nada foi oficializado. A expectativa é que mais detalhes sobre a fusão e os novos planos da McLaren sejam anunciados nas próximas semanas.
O que já está claro é que a empresa está em um momento crucial de transformação, e o caminho que escolher agora pode definir seu futuro.

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